Desmatamento aumenta, emissões de CO2 estabilizam
Na edição de dezembro de 2019, a revista FAPESP divulga dados do desmatamento na Amazônia Legal fornecidos pelo sistema Prodes:
Na edição de dezembro de 2019, a revista FAPESP divulga dados do desmatamento na Amazônia Legal fornecidos pelo sistema Prodes:
"A taxa de desmatamento na Amazônia Legal aumentou 30% entre agosto de
2018 e julho de 2019. No período, foram derrubados 9.762 quilômetros
quadrados (km2) de floresta, segundo dados do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgados em novembro. Depois de
atingir um pico em 2004, quando foram desmatados 27.772 km2
de floresta, a taxa caiu até 2012 e voltou a subir a partir do ano
seguinte, de acordo com o sistema Prodes, que monitora o desmatamento na
região desde 1988. Nos 12 meses mais recentes, os estados de Rondônia,
Pará, Mato Grosso e Amazonas responderam por 84% do total desmatado, o
equivalente a 8.213 km2. Também em novembro, a organização
não governamental Observatório do Clima apresentou a estimativa mais
recente da emissão de gases de efeito estufa pelo Brasil. Ela se manteve
estável no último ano. Em 2018, foram lançados na atmosfera 1,939
bilhão de toneladas de CO2 equivalente (CO2e),
valor 0,3% superior ao de 2017. As emissões resultantes do desmatamento
na Amazônia no ano passado foram em parte compensadas por uma redução de
10% na derrubada da vegetação do Cerrado, resultando em um aumento de
3,6% nas emissões por mudança de uso da terra. O setor de energia
registrou uma queda de 5% nas emissões, em razão do aumento de uso de
etanol no transporte de passageiros, da adição de biodiesel ao diesel e
do incremento de fontes renováveis na geração de eletricidade. Houve uma
queda de 0,7% nas emissões da agropecuária e um aumento de 1% nos
processos industriais. Os resultados indicam que o Brasil ainda não
incorporou uma trajetória consistente de redução de emissões (Observatório do Clima, 5 de novembro)."

Nenhum comentário:
Postar um comentário